Tratamento do retinoblastoma envolve equipe multidisciplinar especializada e engloba várias modalidades terapêuticas. Assistência prestada no Hospital Santa Izabel/Oncoclínicas tem alcançado perspectivas promissoras para pacientes do SUS e operadoras de saúde
Câncer de olho que começa na retina – o revestimento sensível no interior do olho responsável pela captura da imagem-, o retinoblastoma é o tumor intraocular maligno, mais comum na infância. Ele atinge uma em cada 18 mil crianças. São cerca de 400 novos casos por ano no Brasil. A doença despertou maior atenção desde o final do mês passado, quando os jornalistas Tiago Leifert e Daiana Garbin anunciaram que sua filha, Lua, de apenas 1 ano e três meses, está com a doença.
Essa forma rara de câncer pode ocorrer em um ou ambos os olhos. “Quanto mais cedo o problema for identificado, maiores as chances de cura do paciente”, diz a oncopediatra Luciana Nunes. Para a maioria das doenças e, em especial, no caso de cânceres infantis, o diagnóstico precoce costuma assegurar melhores taxas de cura, qualidade de vida e um tratamento menos agressivo.
Os especialistas afirmam que os primeiros sintomas do retinoblastoma podem com frequência passar despercebidos para os pais. Os sinais que merecem toda a atenção são: uma cor branca na pupila quando a luz brilha no olho, por exemplo quando se tira uma fotografia com flash (chamado sinal do olho de gato), olhos que parecem estar em direções diferentes com algum desvio, visão ruim, vermelhidão e aumento do globo ocular.
Se os pais notarem alguma alteração nos olhos do filho é recomendável que marque uma consulta com um oftalmologista ou um pediatra. Uma vez diagnosticado o problema é fundamental o acompanhamento em um centro de referência em oncologia pediátrica.
Não existe ainda maneira comprovada de prevenir a doença. Para a maioria dos casos de retinoblastoma não está claro o que causa a mutação genética que leva ao câncer, embora este seja um dos poucos casos de câncer hereditário na faixa etária pediátrica. Exames de imagem, como ultrassonografia, tomografia e ressonância magnética, são importantes para determinar qual o grau de disseminação da doença.
Tratamento integrado - Cada caso precisa ser avaliado de forma individualizada, sendo fundamental o seguimento a longo prazo devido aos riscos de recidiva e envolve abordagem multidisciplinar com pediatras, oncologistas e oftalmologistas. Os tratamentos dependem do tamanho do tumor e se o câncer se espalhou para outras áreas. O objetivo é a cura.
As técnicas de tratamento local têm diminuído efetivamente a necessidade de remoção do olho, chamada enucleação. Em casos mais avançados, a quimioterapia pode ser necessária. O prognóstico vem evoluindo consideravelmente, principalmente devido ao reconhecimento precoce do tumor, avanço da medicina e ao suporte clínico mais eficaz.
Referência na assistência oncológica pediátrica, o Hospital Santa Izabel atua de forma conjunta com o Grupo Oncoclínicas, disponibilizando eficiente estrutura e equipe multiprofissional especializada para o tratamento do retinoblastoma.