Bem treinado, um labrador preto, de cinco anos, sabe como interagir com as pessoas sem reagir de forma exagerada. Cercado de amor e cuidados, Thor é um cão terapeuta que pouco se altera com ruídos altos ou barulhos estranhos, cadeiras de rodas, macas ou elevadores, e obedece a comandos básicos como se sentar e se deitar. O seu potencial terapêutico especial ficou evidente mais uma vez hoje (14) quando, devidamente fardado e com crachá, ele visitou pacientes internados e em tratamento hospitalar no Hospital Santa Izabel (HSI).
Thor é preparado para permanecer calmo mesmo se o paciente ficar agitado ou, e pode ser útil para acalmá-lo. Mais até do que uma diversão lúdica, o cão contribui positivamente no processo terapêutico. “Percebemos e ouvimos das famílias que atendemos que o cão de terapia têm efeito geral salutar e positivo sobre seus filhos”, disse Eneida Barros, coordenadora de Ação Social.
O desejo de brincar e interagir com o cão provou ser forte incentivo terapêutico, mesmo junto a pacientes retraídos e difíceis de alcançar. Ana Lúcia Freitas, coordenadora de psicologia do HSI, acrescenta que para cada grupo de pacientes os processos são diferentes, mas todos com a mesma finalidade. “Na visita às crianças, as psicólogas fazem uma interação lúdica. Já com os adultos é feita uma visita à beira do leito”, informou.
Desde 2018, o Santa Izabel desenvolve de forma pioneira esse projeto, batizado de Cão Amigo, iniciativa que insere o animal nas sessões de terapia e atividade com os pacientes do hospital. “Este projeto foi construído com os serviços de assistência, humanização e controle de infecção hospitalar, contribuindo para o bem-estar dos pacientes e da segurança do cão”, afirmou Tatiane Seixas, psicóloga do Grupo Gnap, parceria do Santa Izabel nessa ação.
Antes de ter contato com os pacientes, sempre às terças feiras no turno vespertino, Thor passou por cuidadoso treinamento e por uma série de avaliações, incluindo a certificação das vacinações.